'Pior dor do mundo': entenda o caso da jovem mineira que luta contra a neuralgia do trigêmeo
Doença com 'pior dor do mundo': Entenda A estudante Carolina Arruda, de 28 anos, moradora de Bambuí (MG), enfrenta desde 2013 a neuralgia do trigêmeo, conhec...

Doença com 'pior dor do mundo': Entenda A estudante Carolina Arruda, de 28 anos, moradora de Bambuí (MG), enfrenta desde 2013 a neuralgia do trigêmeo, conhecida como a "pior dor do mundo". A doença provoca dores intensas e incapacitantes no rosto e levou Carol a tentar diferentes tratamentos em busca de alívio. A última tentativa de reduzir as dores foi uma sedação profunda, realizada em agosto de 2025. Após o procedimento, Carol disse que não houve melhora, relatou piora no quadro e afirmou que iria cuidar da saúde mental. Na quarta-feira (3), uma reportagem do Profissão Repórter mostrou como foi o procedimento. Veja abaixo perguntas e repostas sobre o caso da jovem. Quem é Carolina Arruda? O que é a neuralgia do trigêmeo? Quando começaram os sintomas? Como era a vida dela antes do diagnóstico? Como a doença afeta a rotina dela? Quais tratamentos ela já fez? Carol vai continuar em tratamento? ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Centro-Oeste de Minas no WhatsApp Profissão Repórter conhece a história de Carolina Arruda, jovem brasileira com pior do mundo Reprodução/TV Globo 1. Quem é Carolina Arruda? Carolina Arruda, de 28 anos, é natural de São Lourenço, no Sul de Minas, e mora em Bambuí, no Centro-Oeste. Ela é estudante de medicina veterinária, casada e mãe de uma menina de 11 anos. A jovem começou a sentir as dores aos 16 anos, quando estava grávida e se recuperava de dengue. Ela ficou nacionalmente conhecida em julho de 2024, ao revelar o desejo de recorrer ao suicídio assistido na Suíça, país onde o procedimento é legalizado, devido à dor e ao desgaste causados pela doença. Voltar ao início 2. O que é a neuralgia do trigêmeo? É uma doença neurológica rara que causa dores intensas no rosto, comparadas a choques elétricos. Ela afeta o nervo trigêmeo, responsável pela sensibilidade facial, e pode ser desencadeada por ações simples como falar, mastigar ou escovar os dentes. A doença atinge menos de 0,3% da população mundial, mas o caso de Carolina é ainda mais raro: ela sente dor nos dois lados do rosto e de forma contínua. Voltar ao início 3. Quando começaram os sintomas? A jovem começou a sentir as dores aos 16 anos, quando estava grávida e se recuperava de dengue. No início, os sintomas foram confundidos com problemas odontológicos. Só após exames detalhados os médicos confirmaram a neuralgia do trigêmeo. Esse atraso no diagnóstico retardou o início de um tratamento mais direcionado. Voltar ao início 4. Como era a vida dela antes do diagnóstico? Antes de conviver com a doença, Carol estudava e trabalhava normalmente. Ela relatou que tinha planos acadêmicos e profissionais, mas precisou interromper tudo quando as crises de dor se intensificaram. Voltar ao início Carolina Arruda antes de ser diagnosticada com neuralgia do trigêmeo Carolina Arruda/Arquivo Pessoal 5. Como a doença afeta a rotina dela? A neuralgia do trigêmeo torna atividades simples, como escovar os dentes, falar ou mastigar, extremamente dolorosas. Em muitos momentos, Carol relatou que precisou permanecer em silêncio ou se alimentar apenas com líquidos para suportar as crises. Voltar ao início 6. Quais tratamentos ela já fez? Carol passou por uso de medicamentos, sessões de radiocirurgia, fisioterapia e uma cirurgia de descompressão do nervo trigêmeo. Os resultados foram temporários e as dores sempre retornaram. O procedimento mais recente foi uma sedação profunda, que tinha o objetivo de "reiniciar" o cérebro dela para tentar melhorar a resposta aos medicamentos. Porém, Carol contou que não teve melhora, relatou que os sintomas ficaram ainda mais fortes e afirmou que daria um tempo nos tratamentos médicos para priorizar o cuidado emocional. Voltar ao início 7. Carol vai continuar em tratamento? Carolina afirmou que não pretende passar por novas cirurgias ou procedimentos experimentais, mas seguirá com as terapias já implantadas, como a bomba de fármacos e os eletrodos. Segundo o médico responsável, Carlos Marcelo Barros, novas intervenções invasivas foram descartadas. A prioridade agora é preservar conforto, funcionalidade e a vontade expressa da paciente. Voltar ao início LEIA TAMBÉM: Como é viver com doença que causa 'pior dor do mundo': 'Gritava e chorava de dor' Jovem com a 'pior dor do mundo' revela que vizinho tentou estuprá-la: 'Me prendeu pelos braços' VÍDEOS: veja tudo sobre o Centro-Oeste de Minas