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Policiais civis são alvos de operação que investiga milícia armada suspeita de favorecer mineradora em MG

Operação Guardiões de Areia cumpre mais de 30 mandados contra investigados por formação de milícia na Zona da Mata MPMG/Divulgação Três policiais civis...

Policiais civis são alvos de operação que investiga milícia armada suspeita de favorecer mineradora em MG
Policiais civis são alvos de operação que investiga milícia armada suspeita de favorecer mineradora em MG (Foto: Reprodução)

Operação Guardiões de Areia cumpre mais de 30 mandados contra investigados por formação de milícia na Zona da Mata MPMG/Divulgação Três policiais civis foram alvos de uma operação realizada nesta quinta-feira (4) em Teixeiras, Viçosa e outras cidades da Zona da Mata mineira, além de Belo Horizonte. Eles teriam se associado em uma espécie de milícia armada para favorecer um empresário do ramo de mineração. Além dos policiais civis, um assessor parlamentar, três empresários, um contador, um ex-escrivão, um profissional autônomo e uma profissional da área ambienta também são investigados. A ação, realizada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Polícia Civil de Minas Gerais, visa apurar a prática dos crimes de organização criminosa, corrupção passiva, falsidade ideológica, fraude à licitação, milícia privada e lavagem de dinheiro. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Zona da Mata no WhatsApp Foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, três mandados de afastamento dos cargos públicos e de suspensão do porte e da posse de armas de fogo; três mandados de monitoramento eletrônico, 11 mandados de indisponibilidade de bens, dentre outras medidas cautelares. Entre as apreensões estão dispositivos eletrônicos, armas de fogo, documentos, aproximadamente R$ 106 mil em espécie e 740 folhas de cheques. O nome dos suspeitos não foram informados, por isso, o g1 não conseguiu localizar as defesas. Também foi feito contato com a Polícia Civil e com a Prefeitura de Teixeiras em busca de outras informações e posicionamentos, mas não houve retorno até a última atualização desta reportagem. Como funcionava o esquema Segundo o Ministério Público, os agentes públicos criaram empresas de fachada em nome de “laranjas” para esconder o recebimento de dinheiro ilegal. As “empresas” também atuavam irregularmente como segurança privada, usando recursos e estrutura do Estado. As apurações, conduzidas pela Corregedoria da Polícia Civil e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MP (Gaeco), também identificaram que um assessor parlamentar ficava responsável por intermediar o pagamento das vantagens indevidas aos policiais corruptos. Agiotagem, lavagem de dinheiro e fraude Também está sendo investigada uma possível rede de agiotagem e lavagem de dinheiro na cidade de Teixeiras. Três empresários locais teriam movimentado mais de R$ 30 milhões ao longo de cerca de 5 anos. Além disso, conforme o MP, há fortes suspeitas de que o grupo investigado tenha feito contratos irregulares com a prefeitura de Teixeiras, criando uma espécie de 'poder paralelo' na região. Eles teriam usado recursos públicos e recorrido, frequentemente, à violência e ameaças graves contra outras pessoas. Mais de R$ 100 mil foram apreendidos durante operação em Teixeiras MPMG/Divulgação VÍDEOS: veja tudo sobre a Zona da Mata e Campos das Vertentes